O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) para 14,75% ao ano nesta quarta-feira (7), após um aumento de 0,5 ponto percentual.

A nova taxa representa o maior patamar desde 2006 e reflete a continuidade do esforço para controlar a inflação no Brasil, que segue acima da meta definida para o ano.
Inflação ainda pressionada
A decisão vem apesar de sinais de desaceleração no ritmo da inflação. Em abril, a prévia do IPCA indicou um avanço menor que o de meses anteriores, mas o acumulado em 12 meses ainda está em 5,48%.
Isso supera o teto da meta de inflação para 2025, que é de 4,5% — considerando o centro da meta de 3% com 1,5 ponto percentual de margem para cima ou para baixo.
Tom cauteloso do Copom
No comunicado divulgado após a reunião, o Banco Central não indicou de forma clara os próximos passos.
A autoridade monetária adotou um tom cauteloso e afirmou que seguirá avaliando a evolução da economia e das expectativas de inflação.
A falta de um sinal explícito sobre a continuidade ou não dos aumentos indica que o ciclo pode estar próximo do fim, mas sem confirmação.
Expectativas do mercado
A maioria dos analistas entende que o Copom deve manter a Selic em 14,75% até o fim de 2025, especialmente se os próximos dados de inflação continuarem a desacelerar.
Uma minoria no mercado ainda vê espaço para uma última alta residual de 0,25 ponto percentual em junho, mas o cenário predominante agora é de estabilidade.
Impactos para o consumidor e o investidor
Para os consumidores, juros mais altos significam crédito mais caro, o que tende a reduzir o consumo.
Para os investidores, por outro lado, o cenário continua atrativo para produtos de renda fixa, como Tesouro Direto e CDBs, que seguem oferecendo retornos elevados.
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